Mtrix traz estudo comparativo do 3º Tri para os mercados de Alimentos e HC&PC
Informação e conhecimento sempre foram ferramentas indispensáveis para aumentar a previsibilidade, a segurança e o poder de ação das lideranças diante das constantes mudanças no cenário econômico e no comportamento do consumidor.
Em uma época cada vez mais marcada por incertezas e possibilidade de rápidas transformações no país e no mundo – políticas, econômicas, climáticas – com potencial impacto direto nos resultados das empresas, essas ferramentas se tornam ainda mais relevantes.
Alinhados com essa necessidade, os estudos de mercado Mtrix utilizam dados de alta acuracidade que trazem mensalmente uma visão apurada do comportamento de compras do varejo, segmentada por categoria de produto e canais de vendas. Tomadas em seu conjunto, essas análises conseguem apontar tendências importantes, com recortes por regiões e também por faixas populacionais, permitindo um amplo cruzamento de informações para a tomada de decisões estratégicas dentro da cadeia de abastecimento.
O estudo mais recente traz o fechamento do 3º trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período de 2023 e abrange os mercados de Alimentos (nos canais varejo alimentar e food service) e Home Care & Personal Care (canais varejo alimentar e farmácias & perfumarias).
Vale destacar que o estudo considera como varejo alimentar os seguintes segmentos: atacados de autosserviço, mercados de todos os portes, lojas de conveniência, lojas tradicionais (armazém, mercearia e empório) e comércio varejista. Já o canal food service inclui bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis/motéis, padarias e estabelecimentos de entretenimento.
MERCADO DE ALIMENTOS
No período estudado, verifica-se que os canais da categoria Alimentos elevaram em 4,9% o número de lojas, passando de 472.942 PDVs em 2023 para 496.054 PDVs em 2024. O aumento foi mais acentuado no canal food service, que, apesar de numericamente inferior ao varejo alimentar, cresceu 5,3%.
Além disso, o food service apresentou um crescimento mais robusto em praticamente todos os KPIs analisados (à exceção das vendas em volume), embora o varejo alimentar também tenha todos os indicadores positivos.
Assim, o varejo alimentar cresceu +6,9% nas vendas em receita, +4,2% nas vendas em volume, +2,5% no preço médio e +2,1% no ticket médio por PDV. Já o food service cresceu +10,6% nas vendas em receita, +2,3% nas vendas em volume, +8,1% no preço médio e +5,3% no ticket médio por PDV.
Resultados por região
No terceiro trimestre, os resultados mais expressivos do food service concentraram-se na região Norte, com crescimento de +21,6% nas vendas em receita, +29,4% no preço médio e +16,1% no ticket médio por PDV. Contudo, foi também a única região em que o canal apresentou queda nas vendas em volume, de -6,1%.
Nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste o food service também apresentou crescimento de dois dígitos nas vendas em receita, respectivamente: +11,2%, +11,4% e +11,5%. No Sudeste, o resultado para esse KPI foi aumento de +8,5%.
Já o varejo alimentar teve seu melhor desempenho na região Sul, com elevação de +12,3% nas vendas em receita, +6,9% nas vendas em volume, +4,9% no preço médio e +7,8% no ticket médio por PDV. O segundo melhor resultado do canal foi no Nordeste, onde esses mesmos KPIs tiveram aumento, respectivamente, de +9,5%, +8,7%, +0,8% e +4,7%.
O pior resultado foi registrado no Centro-Oeste, com crescimento de apenas 1,5% nas vendas em receita e queda de -4,6% nas vendas em volume e de -3,4% no ticket médio por PDV, apesar da elevação de +6,3% no preço médio.
Resultados por faixa populacional
Na análise por faixa populacional, em termos de vendas em receita e em volume, o canal varejo alimentar obteve melhores resultados nas cidades entre 500 mil e 900 mil habitantes (respectivamente, +9,6% e +7,0%) e nas cidades entre 50 mil e 100 mil habitantes (+8,1% e +6,4%). Já o maior aumento do preço médio foi verificado nas cidades acima de 900 mil habitantes. Não houve resultado negativo em nenhum indicador mas o ticket médio por PDV não teve qualquer crescimento nas cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes.
Em relação ao food service, o desempenho das vendas em receita foi bastante positivo em todas faixas, com destaque para as cidades acima de 900 mil habitantes (+16,1%), de 500 mil a 900 mil (+9,7%), até 20 mil (+9,6%) e entre 100 mil e 500 mil habitantes (+9,5%).
Nas cidades acima de 900 mil habitantes, o canal mostrou forte crescimento no preço médio (+15,2%) e no ticket médio por PDV (+9,6%). O preço médio também teve elevação significativa nas cidades entre 100 mil e 500 mil (+9,7%) e entre 500 mil e 900 mil habitantes (+9,0%). O pior resultado foi verificado nas vendas em volume nas cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes, com redução de -0,1%.
MERCADO DE HOME CARE & PERSONAL CARE
Em relação às categorias de produtos de Home Care & Personal Care, o canal varejo alimentar teve aumento de +1,7% no número de lojas, chegando a 240.364 PDVs, enquanto farmácias & perfumarias sofreram retração de -1,3%, passando de 80.130 a 79.061 PDVs. Na média, a quantidade de lojas teve variação de +0,9% no período avaliado.
Na comparação do 3º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, o estudo mostrou queda em quase todos os indicadores em ambos os canais, sendo que em farmácias & perfumarias as perdas foram mais significativas do que no varejo alimentar, chegando a -6,7% nas vendas em receita, -2,4% nas vendas em volume, -4,4% no preço médio e -5,4% no ticket médio por PDV.
No varejo alimentar, os números foram: -0,9% nas vendas em receita, -3,3% nas vendas em volume e -2,5% no ticket médio por PDV. O preço médio, contudo, ficou positivo em +2,5%.
Resultados por região
As perdas mais significativas do canal farmácias & perfumarias ocorreram na região Sudeste, onde todos os KPIs trouxeram resultados negativos: -13,5% nas vendas em receita, -6,2% nas vendas em volume, -7,8% no preço médio e -12,2% no ticket médio por PDV. Também no Centro-Oeste foram apurados números que mostram queda nas vendas em receita (-0,8%) e no preço médio (-1,7%), embora com leve crescimento de +0,9% nas vendas em volume e +0,8% no ticket médio por PDV.
Os melhores resultados do canal foram na região Norte, onde foi verificado crescimento de +7,4% nas vendas em receita, +7,9% no preço médio e +9,3% no ticket médio por PDV.
No canal varejo alimentar, por sua vez, a maior retração foi observada no Centro-Oeste, com redução de -11,2% nas vendas em receita, -11,7% nas vendas em volume e -11,7% no ticket médio por PDV. Resultados bastante negativos também foram registrados na região Norte, onde houve queda de -8,8% nas vendas em receita, -9,6% nas vendas em volume e -12,6% no ticket médio por PDV.
Os melhores resultados do canal se concentram no Nordeste, onde a maioria dos KPIs trouxe números positivos, embora apontando crescimento modesto: +2,5% nas vendas em receita, +1,7% nas vendas em volume, +0,8% no preço médio e +2,7% no ticket médio por PDV. Em termos de preço médio, contudo, o melhor dado veio do Sudeste, um crescimento de +4,9%.
Resultados por faixa populacional
No canal varejo alimentar, o preço médio foi o KPI que apresentou resultado positivo em todas as faixas populacionais, com destaque para as cidades entre 100 mil e 500 mil (+3,6%), 500 mil e 900 mil (+3,1%) e 20 mil e 50 mil habitantes (+3,0%). Vendas em volume e ticket médio por PDV tiveram desempenho negativo em quase todas as faixas.
Os melhores resultados do canal se encontram nas cidades entre 20 mil e 50 mil habitantes, com crescimento de +2,8% nas vendas em receita, +3,0% no preço médio e +1,3% no ticket médio por PDV. Nessa faixa, apenas as vendas em volume apresentaram queda, de -0,2%.
Nas cidades de até 20 mil habitantes também quase todos os indicadores foram positivos: +1,3% nas vendas em receita, +1,0% nas vendas em volume e +0,4% no preço médio. Já o ticket médio por PDV ficou negativo em -0,5%.
Já no canal farmácias & perfumarias, os únicos indicadores positivos se encontram nas cidades de até 20 mil habitantes (+1,6% nas vendas em receita, +7,8% nas vendas em volume e +0,5% no ticket médio por PDV) e naquelas que têm entre 50 mil e 100 mil habitantes (+1,4% nas vendas em receita, +4,0% nas vendas em volume e +2,6% no ticket médio por PDV).
As perdas mais significativas estão nas cidades entre 500 mil e 900 mil habitantes: -14,8% nas vendas em receita, -6,1% nas vendas em volume, -9,3% no preço médio e -14,2% no ticket médio por PDV. O preço médio sofreu queda em todas as faixas populacionais.
Para conhecer o estudo completo, acesse: